A energia hídrica é proveniente de um recurso de grande potencial energético e principalmente de extrema importância para o ser humano. Encontra-se presente nas montanhas, nos rios, no mar: estamos a falar da água.
O aproveitamento deste recurso energético pode ser subdividido, por um lado a energia das ondas e marés, e por outro lado as barragens hidroeléctricas, normalmente associadas a empreendimentos de maiores dimensões.
Em ambos os casos a energia é obtida do movimento da água e de extensão praticamente ilimitada.
Actualmente existe uma grande variedade de dispositivos de extracção de energia das ondas, ainda não existindo uma tecnologia dominante.
Sistemas na costa
A tecnologia envolvida é relativamente convencional. A peça de equipamento mais específica é uma turbina de ar que acciona um gerador eléctrico.
Sistemas em águas profundas
Vantagens:
A principal vantagem deste sistema é o fácil transporte da energia para terra e também a fácil manutenção.
Desvantagens:
A localização depende dum conjunto de factores geomorfológicos da costa, na maior parte dos casos inexistente. Estes sistemas apresentam também um elevado grau de complexidade assim como um significativo impacto visual.
Barragens hidroeléctricas
A disponibilidade anual deste recurso depende da quantidade de água disponível para mover as turbinas, sendo factores determinantes a pluviosidade, o regime de funcionamento e de elaboração (com ou sem armazenamento) e a bacia hidrográfica.
Vantagens:
como já referido acima, este é um processo de extracção de energia de alto rendimento (cerca de 80%).
Desvantagens:
Apresenta impactos negativos no meio ambiente e no ecossistema fluvial, implicando também grandes investimentos.
EM PORTUGAL:
Em Portugal o potencial de aproveitamento de energia hídrica está distribuído por todo o território nacional, com maior concentração no Norte e Centro do país. No entanto, é preciso não esquecer que a produção deste tipo de energia está directamente dependente da chuva. Quando a precipitação é mais abundante, a contribuição destas centrais atinge os 40%. Pelo contrário, nos anos mais secos, apenas 20% da energia total consumida provém dos recursos hídricos.
Em relação à energia das ondas, As zonas costeiras portuguesas (em especial a costa ocidental do continente e as ilhas dos Açores) têm condições naturais entre as mais favoráveis em qualquer parte do mundo para o aproveitamento deste tipo de energia: recurso naturalmente abundante devido às características costeiras do território nacional; plataforma continental estreita o que significa que existem águas profundas na proximidade da costa, consumo e rede eléctrica concentrados junto à costa do continente.
No entanto existem uma série de barreiras ao desenvolvimento deste tipo de energia renovável:
- A passagem da fase de ensaios em laboratório para a fase de protótipo em mar real é fortemente dispendiosa, requer uma longa preparação e envolve riscos de vária ordem.
- O desenvolvimento dum sistema do tipo em questão, passando pelo projecto construção e operação de protótipo envolve inúmeros recursos.
- A escassa experiência portuguesa em tecnologia pode implicar uma forte dependência de tecnologia estrangeira no desenvolvimento destes sistemas.
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